Acredite. A embalagem que faz barulhinho é muito mais divertida para ele que comer o ovo. E se você quer tirar fotos temáticas para guardar, você pode dar uma cenoura.
Seu filho não está "nem aí" se alguém gastou R$ 65,00 por 120g de chocolate para ele!
E eu sei que ele não vai ficar doente nem ganhar peso além do esperado se você oferecer um pedacinho de chocolate na Páscoa. Mas ele também tem toda a vida para comê-lo, assim como outros alimentos com açúcar. E será muito mais divertido quando uma caça aos ovos fizer parte do ritual.
O que sabemos é que nessa fase da vida as crianças estão criando em alta velocidade novas sinapses (caminhos cerebrais), e entre elas, as preferências alimentares.
Todos nascemos com preferência por açúcar. A teoria mais lógica é que essa é uma adaptação evolutiva, pois o leite materno é doce, o que facilita que o bebê procure pela mama e sobreviva.
Quando expomos a criança tão nova a uma concentração de açúcar tão alta como a presente nos doces, isso atrapalha o caminho natural dela para que goste de frutas e vegetais (sim, vegetais também, pois cenoura, moranga, beterraba, batata... são doces! - só não tão doces quanto chocolate).
Vamos aproveitar essa fase em que a criança aceita que os pais sabem o que é melhor para ela. (Você vai ver como loguinho isso muda!)
Você pode tranquilamente negar o chocolate, caso esse tenha parado nas mãos dela, e logo trocar a atenção dela para algo mais interessante (para ela). E não se preocupe que isso não gerará nenhum trauma! (Assim como se ela pegasse algo pontiagudo na mão você também tiraria sem nem pensar, não é mesmo?)
Já, quando a criança é mais velha, quando começar a entender o que é chocolate e que outras pessoas da idade dela também comem, e que o risco de aumentada preferência por doce estiver reduzido, daí então o chocolate (e outros doces) podem fazer parte da vida da criança, sem excessos e sem terrorismo.
Então, se seus filhos menores de dois anos ganharam chocolate, aproveite, e coma você!
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